As
tecnologias capazes de revolucionar o aprendizado do mundo são basicamente as
tecnologias da informação e comunicação, abreviadas doravante por TICs, como são
referidas. Elas vão desde a primordial escrita, se a entendermos como a primeira
forma de comunicação à distância, que chegou ao livro impresso seguido pelo
cinema, rádio, televisão, telefone. E chegamos ao fim do século XX com os
sofisticados processos de digitalização dos dados e a sua transmissão veloz por
cabos e satélites de comunicação de imagens e textos. Para breve, nos prometerem
a TV digital com ricas possibilidades interactivas.
Os avanços das
tecnologias de informação e comunicação (TICs), a par da globalização e do
aumento da competitividade, têm estado, sem duvida, a contribuir para uma
mudança significativa em termos das competências exigidas às pessoas.
Um acto
radicalmente novo das sociedades modernas reside na sua aptidão para gerar e
difundir informação, contribuindo, decididamente, para o emergir da “aldeia
global”, onde o indivíduo é confrontado com a necessidade de uma aprendizagem
permanente. Esta sociedade de informação exige uma ampla consolidação e
actualização de conhecimentos, direccionando o indivíduo para um novo conceito
de educação – a construção do conhecimento, e uma nova alfabetização – a
infoalfabetização.
As TICs podem
proporcionar potencialidades imprescindíveis à educação. O que, gradualmente,
está a conduzir ao reequacionamento do sistema educativo e da própria formação.
Neste contexto, cada vez mais, ter-se-á de articular a escola com a sociedade de
informação e do conhecimento, oferecendo condições para que todos possam aceder
e seleccionar, ordenar, gerir e utilizar novos produtos imprescindíveis ao
ensino-aprendizagem.
Com o
desenvolvimento de novos meios de difusão, a informação deixou de ser
predominantemente veiculada pelo Professor na escola. Actualmente, com o
crescente aumento da informação, o aluno chega à escola transportando consigo a
imagem de um mundo que ultrapassa os limites do núcleo familiar, do Professor e
da própria escola. Mas informação não é conhecimento e o aluno continua a
necessitar da orientação de alguém que já trabalhou ou tem condições para
trabalhar essa informação. Nada pode substituir a riqueza do diálogo pedagógico.
As TICs
multiplicaram enormemente as possibilidades de pesquisa de informação e os
equipamentos interactivos e multimédia vieram colocar à disposição dos alunos um
manancial inesgotável de informações. Munidos destes novos instrumentos, os
alunos podem tornar-se “exploradores” activos do mundo que os envolve. Os
Professores devem ensinar os alunos a avaliarem e gerirem na prática a
informação que lhes chega. Este processo revela-se muito mais próximo da vida
real do que os métodos tradicionais de transmissão do saber. Começam a surgir na
sala de aula novos tipos de relacionamento. O desenvolvimento das novas
tecnologias não diminui em nada o papel das Professores, antes o modifica
profundamente, constituindo uma oportunidade que deve ser plenamente
aproveitada. Certamente que o Professor já não pode, numa sociedade de
informação e do conhecimento, limitar-se a ser difusor de saber. Torna-se, de
algum modo, parceiro de um saber colectivo que lhe compete organizar. Sendo
assim, o Professor deixa de se apresentar como o núcleo do conhecimento para se
tornar um optimizador desse mesmo conhecimento e saber, convertendo-se assim,
num:
-
organizador do saber;
-
fornecedor de meios e recursos de aprendizagem;
-
estimulador do diálogo, da reflexão e da participação crítica.
Com esses
meios técnicos que, como o nome sugere, facilitam a mediação, a educação à
distância tem tornado mais interactivo o aluno passivo e consumidor de conteúdos
e facilita que vá se tornando uma espécie de co-autor da construção do seu
conhecimento.
Devido à sua flexibilidade e
potencial interactivo, a utilização dos sistemas e documentos hipermédia em
contexto educativo proporciona o desenvolvimento de um percurso autónomo de
aprendizagem por parte dos alunos, desmistificando simultaneamente a ideia do
professor detentor do conhecimento. Assim, a possibilidade de implementação de
um novo modelo interactivo no processo de comunicação, constitui um suporte para
a aproximação professor - aluno bem como uma mudança no processo ensino -
aprendizagem, no qual surge um utilizador activo que participa na organização da
informação e no controlo da aprendizagem.
Esta nova tecnologia através da
construção de documentos hipérmédia permitem a livre “navegação” adaptando-se
aos diferentes níveis de capacidade e de aprendizagem dos alunos.
No que diz
respeito à motivação a à facilitação do processo ensino - aprendizagem, as TICs
podem desempenhar um papel primordial, desde que integradas correctamente no
contexto pedagógico. As suas potencialidades são te tal modo vastas que de certo
proporcionam uma aplicação/exploração tão abrangente e eficaz, cujo limite se
encontre apenas na imaginação e criatividade do seu utilizador.
Educar e aprender
talvez seja mais bem do que transmitir e receber informação: é comunicar
informação e conhecimento. E o papel do educador como comunicador parece estar
mais evidenciado quando se utilizam TICs, evidentemente, correndo o risco de
caminhos perversos como a confusão da figura do educador com a caricata imagem
de mero “animador” do processo de aprendizagem. Criar e gerir o que se cria é um
grande desafio quando se utilizam os recursos das TICs.
É possível portanto, pensar que
com o uso de TICs, as capacidades de comunicação por parte de quem tem que
criar, transmitir e compartilhar conhecimento afloram com mais intensidade,
vigor e visibilidade do que quando não se usa a tecnologia.
No que diz
respeito à utilização das TIC’ na minha área disciplinar não tenho dúvidas de
que estas contribuem para um maior enriquecimento das aulas. O estudo acaba por
ser mais abrangente, a informação está mais acessível e completa.
Nos dias de hoje a maior parte
dos manuais sugere a utilização da Internet, vídeos, CD – ROM na sala de aula,
que quase não permite desculpas para que continue a ser ignorada a sua
utilização como ferramenta pedagógica..
As novas tecnologias permitem
que as aulas se tornem muito mais motivadoras quer para os alunos quer para o
professor.
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